segunda-feira, 16 de abril de 2018

XADREZ

Xadrez

Introdução "Os hindus explicam pelas casas do tabuleiro a passagem do tempo e das idades, as grandes influências que regem o mundo e os vínculos que unem o xadrez com as almas humanas."

Al Masudi, historiador árabe, no ano de 947.

Há aproximadamente mil e quinhentos anos, na Índia, surgiu o Chaturanga, que se transformou no atual jogo de xadrez.

Por intermédio de muitas guerras e na busca por novas rotas comerciais, o xadrez foi introduzido nos países ocidentais, e na Idade Média passou por algumas metamorfoses que o conduziram à forma atual.

A característica principal do xadrez praticado na Idade Média era a profunda elitização que sofria, sendo chamado "jogo dos reis e rei dos jogos".

Uma mudança importante se deu no século XV quando Gutenberg criou o tipo móvel, possibilitando a impressão de livros de xadrez, como é o caso do Arte breve y introduccion muy necessaria para saber jugar el Axedrez (LUCENA, 1497). A Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro possui um dos poucos exemplares deste livro existentes no mundo. Com a proliferação dos livros de xadrez ocorreu a primeira democratização significativa do jogo.

A segunda democratização ocorreu na Europa do leste, já no início deste século, quando a recém-formada URSS adotou-o como complemento à educação, tornando-se hegemônica nesse esporte.

A terceira democratização iniciou-se com a revolução dos computadores e o advento da Internet, na segunda metade desse século. A partir da década de 50, na busca por construir máquinas inteligentes, ciências como Psicologia e Inteligência Artificial apresentaram estudos que aceleraram a produção de enxadristas eletrônicos culminando com o Deep Blue, que derrotou Garry Kasparov. Os softwares e hardwares a cada dia tornam-se mais poderosos e imprescindíveis aos enxadristas de alto nível.

A Internet representa o apanágio dessa terceira revolução por possibilitar o acesso quase instantâneo às informações referentes às partidas jogadas em torneios no mundo todo.

"A impossibilidade de conhecer o melhor lance em uma partida de xadrez é que eleva o xadrez de um jogo científico para uma forma de arte, um meio de expressão individual."

John R. Bowman (físico) 

Os Jogos e a Educação


Em princípio devemos entender o jogo como uma atividade que obedece ao impulso mais profundo e básico da essência animal. Esta atividade inicia-se em nossas vidas com os mais elementares movimentos, complicando-se até dominar a enorme complexidade do corpo humano.

Os primeiros jogos que a criança faz são os chamados jogos de exercício, utilizando como principal objetivo o seu próprio corpo. Os bebês chupam suas mãos, emitem sons e repetem diversos movimentos sem finalidade utilitária.

A transição dos jogos de exercícios para os simbólicos marca o início de percepção de representações exteriores e a reprodução de um esquema sensório-motor fora de seu contexto.

Podemos dizer que o jogo simbólico é um jogo de exercício sendo o que exercita é a imaginação.

Ao chegar o período das operações concretas (por volta dos sete anos de idade) a criança, pelas aquisições que fez, pode jogar atendo-se a normas. Surgem então os jogos de regras, e ela terá que abandonar a arbitrariedade que governava seus jogos para adaptar-se a um código comum, podendo ser criado por iniciativa própria ou por outras pessoas, mas que deverá acatar limites porque a violação das regras traz consigo um castigo.

Isto ajudará a criança a aceitar o ponto de vista das demais, a limitar sua própria liberdade em favor dos outros, a ceder, a discutir e a compreender.

Quando se praticam jogos de grupo a experiência se engrandece já que a sociabilidade é agregada à vida da criança, surgindo assim os primeiros sentimentos morais e a consciência de grupo.

Quando a criança joga compromete toda sua personalidade, não o faz para passar o tempo. Podemos dizer, sem dúvida, que o jogo é o "trabalho" da infância ao qual a criança dedica-se com prazer.

Pode-se perceber através do que foi exposto o valor educativo que a prática lúdica possui. Muitos psicólogos afirmam que os primeiros anos são os mais importantes na vida do homem sendo que a atividade central manifestada é o jogo. É notável o que se pode aprender construindo seus próprios jogos, utilizando conceitos de plano inclinado, polias, velocidade, etc., coisas que só serão ensinadas muito depois no período escolar.

Um erro que muitos professores cometem é não valorizar em toda sua extensão esta atividade, extraindo o que ela contém de educativo.

A criança que ingressa na escola deverá adaptar-se às rotinas escolares acarretando mudanças importantes na sua vida, e sua vida dedicada ao jogo terá uma mudança brusca.

Temos que aprender a diferenciar o que significa o jogo para o adulto e para a criança. Para nós, por que assim nos educaram, é o que fazemos quando não se tem alguma coisa mais importante, e desejamos preencher horas vazias com algum lazer. Para as crianças é todo um compromisso no qual lutam e se esforçam se algo não sai como querem.

Por isso o xadrez merece crédito, porque ensina as crianças o mais importante na solução de um problema, que é saber olhar e entender a realidade que se apresenta.

No xadrez, como as peças não têm valores absolutos, deve-se monitorar tanto as próprias como as do adversário para implementar sua estratégia. Dito de outra forma: ter a percepção da flexibilidade e reversibilidade do pensamento que ordena o jogo.

É comum notar crianças fracassando em matemática, por exemplo, por não entenderem o que enunciado do problema lhes diz. Não sabem analisá-lo, aprendem fórmulas de memória; quando encontram textos diferentes não acham a resposta correta.

Deve-se conseguir que as crianças encontrem seu próprio sistema de ação e para isso tem-se que evitar, sempre que possível, as soluções mecanizadas. Assim, no Ensino Médio, com os dados de um teorema e sua idéia, a demonstração pode ser encontrada pelo aluno, porém para que isso aconteça é importante um certo treino no Ensino Fundamental.

Em uma época na qual os conhecimentos nos ultrapassam em quantidade e a vida é efêmera, uma das melhores lições que a criança pode obter na escola é como organizar seu pensamento, e acreditamos que esta valiosa lição pode ser obtida mediante o estudo e a xadrez.

1.1 Período Primitivo (até 500 dC)


O período primitivo da história do xadrez não pode ser estudado sem um conhecimento prévio de outros jogos de tabuleiro. É necessário observar os jogos que existiam antes do xadrez aparecer, e somente depois é possível entender as fontes e razões que fizeram surgir o xadrez. Hoje, historiadores do xadrez como Yuri Averbach, acreditam na possibilidade do xadrez ter evoluído de um jogo de corrida, embora essa questão esteja longe de ser consensual, como pode ser visto nesta passagem:

The theory that chess is a development of an earlier race game involves the hypothesis that some reformer changed the whole nomenclature in order to make it self-consistent as a war game and secured the agreement of all his contemporaries. I find this hypothesis incredible. (MURRAY, 1913, p. 50).

1.2 Período Sânscrito (de 500 a 600)


É geralmente aceito que é o ancestral do xadrez mais antigo conhecido surgiu na Índia entre os séculos VI e VII da era cristã e chamava-se Chaturanga (jogo dos quatro elementos). Era praticado tanto por duas como por quatro pessoas. Descreveremos a forma para quatro pessoas. Cada jogador possuía oito peças: um Ministro (hoje Dama), um Cavalo, um Elefante (hoje Bispo), um Navio (mais tarde uma Carruagem e hoje a Torre) e quatro Soldados (atualmente os Peões). A arrumação das peças era feita como mostra a Figura 1. O tabuleiro era monocromático (de uma só cor) e as peças dos quatro jogadores diferenciavam-se pelas cores vermelha, verde, negra e amarela. A peça a ser movimentada era definida por um lance de dados.

Aos poucos os dados foram eliminados e a forma dominante de praticar este jogo acabou sendo a de duas pessoas.

1.3 Período Persa (de 600 a 700)


Por volta do século VII o xadrez chegou na Pérsia e passou a ser chamado Chatrang, sendo mencionado em muitos textos deste período. As primeiras peças de xadrez descobertas também datam desta época.

1.4 Período Árabe (de 700 a 1200)


Com a Pérsia sendo conquistada pelos árabes o jogo passou a ser chamado de Shatranj. Logo se tornou muito popular no mundo árabe e surgiram os primeiros grandes jogadores que desenvolveram a teoria e chegaram inclusive a praticá-lo às cegas. Os árabes difundiram o xadrez pelo norte da África e Europa, através invasão da Espanha.

1.5 Período Europeu (de 1200 a 1600)


Por volta do século IX o xadrez foi introduzido na Europa pela invasão da Espanha pelos Mouros, e no século XI já era amplamente conhecido no velho mundo.

No século XIII as casas do tabuleiro passaram a ser dividas em duas cores para facilitar a visualização dos enxadristas.

Por volta de 1561 o padre espanhol Ruy Lopez de Segura, que foi o melhor jogador deste período, propôs a utilização do roque. Esta alteração será aceita na Inglaterra, França e Alemanha somente 70 anos depois. O movimento En Passant já era usado em 1560 por Ruy Lopez, embora não se conheça seu criador. O duplo avanço do peão em sua primeira jogada surgiu em 1283, em um manuscrito europeu.

Mas uma das principais alterações aconteceu aproximadamente em 1485, na renascença italiana, surgindo o xadrez da "rainha enlouquecida". Até esta época não existia ainda a peça rainha, e em seu lugar havia uma chamada Ferz, que era uma espécie de Ministro. Ele, que só podia deslocar-se uma casa por vez pelas diagonais, transformou-se em Dama (Rainha) ganhando o poder de mover-se para todas as direções.

Os Bispos, que se moviam em diagonal duas casa, passaram a ter também mais liberdade movendo-se por todas as casas livres da diagonal. Os Peões que chegassem à última fila seriam promovidos a uma peça já capturada. Atualmente, os Peões podem ser promovidos a Dama, Torre, Bispo ou Cavalo.

2.1 Período Clássico ou Romântico (de 1600 a 1886)


Este período é caracterizado principalmente por uma preponderância do elemento criativo, sobre o esportivo. Não bastava ganhar, mas tinha que ser feito com estilo. O jogo aberto, com ataque rápido e fulminante cheio de belas combinações, foi marca registrada do movimento.

Nomes como Greco, Stamma, Philidor, Deschapelles e Laboudonnais são alguns dos precursores do movimento, mas é através de Staunton, Anderssen e Morphy que o movimento chegou a maturidade.

Em 1851 foi realizado o primeiro Torneio Internacional durante a Exposição Universal de Londres, e foi vencido pelo alemão Adolf Anderssen.

Morphy foi o melhor jogador deste período e suas contribuições para o desenvolvimento do xadrez são indeléveis:

En dos direcciones se dirige la aportación esencial de Morphy en el terreno de la técnica ajedrecística, es decir en el conocimiento de los principios posicionales que se popularizarían más tarde. El primer principio (...) estipula que cada jugada debe contribuir en lo posible al desarrollo; el segundo afirma que el buen desarrollo se hace tanto más efectivo cuanto de la posición abierta. Esto equivale a decir que al bando mejor desarrollado le interesa abrir el juego y al peor desarrollado mantenerlo cerrado en lo posible. (RETI, 1985, p. 22).

2.2 Período Científico (de 1886 a 1946)


Este período foi marcado pelas ideias de Wilhelm Steinitz que lançou as bases do xadrez moderno. Suas ideias estão incorporadas no que chamamos hoje de o xadrez posicional, e por isso é considerado uma espécie de Aristóteles do xadrez. RETI expressa bem as diferenças entre as escolas Romântica e Científica quando analisa os estilos de Morphy e Steinitz:

Morphy era muy superior a sus coetáneos en las partidas abiertas, ya que había descubierto el secreto siguiente: el desarrollo acelerado de las piezas constituye el punto decisivo. Las partidas cerradas eran su lado débil, y en ellas no superaba a los maestros de su tiempo. Cerradas eran casi todas las partidas que perdió Morphy. A otro jugador le tocaba revelarnos nuevos conocimientos en este campo: Wilhem Steinitz. Steinitz sabía que las posiciones cerradas no dependen tanto del desarrollo de las piezas como de ciertas ventajas posicionales duraderas. Estas se caracterizan a través del material existente en el tablero y de la estructura de peones. (RETI, 1985, p. 27).

Os planos de Steinitz são novos, baseados no acúmulo de pequenas vantagens que o adversário cede, onde se consideradas separadamente, nada representam, mas acumuladas podem constituir uma vantagem decisiva. Um dos méritos de Steinitz foi perceber que uma partida de xadrez gira em torno de um delicado equilíbrio de forças.

Para conseguir vantagem em um desses elementos (Tempo, Espaço e Matéria), deve-se ceder algum outro tipo de vantagem de igual ou aproximado valor. Em outras palavras, nada se obtém grátis em uma partida bem equilibrada de xadrez. Steinitz foi campeão mundial por 28 anos, de 1866 a 1894.

Emanuel Lasker, que derrotou Steinitz, foi também uma figura singular do xadrez. Doutor em filosofia e matemático, via o xadrez como uma constante luta de duas vontades. Também como Steinitz procurou desvendar os princípios fundamentais que regem a conduta da partida de xadrez, mas posicionou o escopo de sua análise tanto na técnica quanto nas idiossincrasias do enxadrista. O seu estilo, que consistia em desequilibrar a posição nem sempre realizando as melhores jogadas, mas sim o lance mais desagradável para cada adversário, recebeu o nome de Escola Psicológica.

Após manter-se como Campeão Mundial por 27 anos, de 1894 a 1921, Lasker perdeu o título para o cubano José Raul Capablanca.

Capablanca, mestre do xadrez posicional, foi um dos melhores jogadores de todos os tempos. Aprendeu o jogo aos quatro anos e demonstrou uma aptidão natural para o xadrez jamais vista. Era praticamente imbatível e não perdeu nenhuma partida oficial de 1915 a 1924, mas enfim perdeu o título mundial em 1927 para Alexander Alekhine.

Para Capablanca cada partida era única e cada lance que executava tinha significação particular. Ao contrário do princípio de Morphy que estabelecia para a abertura o desenvolvimento de uma peça em cada lance, sua teoria era que uma peça deve ser jogada quando e onde seu desenvolvimento se encaixe no plano de jogo que o enxadrista tem em mente.

2.3 Período Hipermoderno (de 1916 a 1946)


Com a descoberta das leis que governam o jogo posicional o xadrez passou por um período um pouco engessado, onde os dogmas clássicos deveriam ser sempre observados. Foi então que jovens talentosos enxadristas como Alekhine, Reti, Bogoljubow e Breyer ousaram questionar estes dogmas. Nas palavras de RETI:

Mientras los jóvenes maestros estábamos aprendiendo a conocer el método propio de Capablanca que estipula que toda jugada debe estar inserta en un plan y no tiene valor por sí (regla que contraviene a veces el principio de Morphy por el cual cada jugada debe acelerar el desarrollo), empezamos a constatar que ya no servían las jugadas que pasaban por ser naturales y eran efectuadas de modo rutinario por cualquier jugador experimentado. Este es un caso especial en las ideas generales presentadas por los modernos. De ahí concluimos que existe ante todo una diferencia de principio entre las leyes científicas que se dan en la Física o las Matemáticas y las, así llamadas, reglas de ajedrez. Tal diferencia se esclarece cuando observamos que las leyes naturales tienen una aplicación universal, mientras que los principios estratégicos generales del ajedrez constituyen axiomas prácticos que en el algunos casos tienen sus excepciones. Sucede lo mismo con los principios de ajedrez que con las reglas universales de conducta en la vida: no basta con que el hombre actúe invariablemente de acuerdo con los más reconocidos principios para que se convierta forzosamente en un individuo de grandeza sin igual. (RETI, 1985, p. 65).

Em 1924, foi fundada em Paris a Fédération Internationale des Échces (FIDE). Com 156 federações nacionais filiadas representando mais de cinco milhões de jogadores registrados é uma das maiores organizações esportivas mundiais reconhecidas pelo International Olympic Committee (IOC).

2.4 Período Eclético (a partir de 1946)


Este período é caracterizado pela incorporação e refinamento dos princípios descobertos anteriormente. Os Grandes Mestres deste período são exímios tanto na tática quanto na estratégia, embora muitas vezes seu estilo possa pender para o jogo posicional ou tático.

Com a morte de Alekhine em 1946 o título mundial ficou vago e a FIDE passou a regulamentar a disputa pelo título, sendo que a primeira aconteceu em 1948 e foi vencida por Mikhail Botvinnik (Rússia). Os campeões a partir daí foram os seguintes foram: Vasily Smyslov (Rússia), Mikhail Thal (Letônia), Tigran Petrossian (Armênia), Boris Spassky (Rússia), Bobby Fischer (EUA), Anatoly Karpor (Rússia), Garry Kasparov (Azerbaijão), Alexander Khalifman (Rússia), Viswanathan Anand (Índia), Ruslan Ponomariov (Ucrânia) que é o mais jovem campeão mundial da história.

No campo escolar um ponto importante deve ser assinalado. Em 1986 a FIDE e a UNESCO criaram o Committee on Chess in Schools (CCS) que tem um importante papel na difusão do ensino e na democratização do xadrez enquanto instrumento pedagógico.

Este conteúdo foi acessado em 22/08/2012 no site do CEX - Centro de Excelência de Xadrez. Todas as informações contidas nela são de responsabilidade do autor.

ATLETISMO

Origens do Atletismo


O Atletismo conta a história esportiva no homem no Planeta. É chamado de esporte-base, porque sua prática corresponde a movimentos naturais do ser humano: correr, saltar, lançar. Não por acaso, a primeira competição esportiva de que se tem notícia foi uma corrida, nos Jogos de 776 a.C., na cidade de Olímpia, na Grécia, que deram origem às Olimpíadas. A prova, chamada pelos gregos de "stadium", tinha cerca de 200 metros e o vencedor, Coroebus, é considerado o primeiro campeão olímpico da história.

Na moderna definição, o Atletismo é um esporte com provas de pista (corridas), de campo (saltos e lançamentos), provas combinadas, como decatlo e heptatlo (que reúnem provas de pista e de campo), o pedestrianismo (corridas de rua, como a maratona), corridas em campo (cross country), corridas em montanhas, e marcha atlética.

O Atletismo nasceu com o homem. Afinal, o mais antigo dos nossos ancestrais já andava, era obrigado a correr, a saltar e a lançar coisas. Era a dura luta contra os pedradores e a busca por alimentos. Pode-se dizer que ao aprimorar essas habilidades, o homem garantiu sua história.

Isso tudo explica porque, ao criar as primeiras competições esportivas, as primeiras a serem organizadas fossem as provas atléticas. Há indícios da prática do Atletismo há pelo menos 5 mil anos no Egito, na Grécia e na China. No entanto, o primeiro registro histórico de uma competição data de 776 a.C. Foi quando Coroebus, da cidade grega de Élis, ganhou a stadium – uma corrida de aproximadamente 200 m – e tornou-se o primeiro campeão olímpico conhecido da história.

O formato moderno do Atletismo remonta a meados do século XIX. Basicamente, engloba as corridas de pista, de rua, de cross country e de montanha, a marcha, os saltos e os lançamentos. Por sua característica de representar os movimentos naturais do homem, o Atletismo é chamado de “esporte-base”.

 Assim como nos Jogos da Grécia Antiga, o Atletismo permanece como o principal esporte olímpico dos tempos modernos. Tanto que o próprio Comitê Olímpico Internacional estabeleceu – até para efeito de distribuição dos recursos auferidos nos Jogos – que o Atletismo é o único esporte na categoria 1.

Por outro lado, a criação da IAAF (sigla em inglês da Associação Internacional das Federações de Atletismo) deu credibilidade às competições. As regras do esporte foram escritas e os recordes, homologados.

A importância do esporte-base é sintetizada por uma frase que circula no meio olímpico: “Os Jogos Olímpicos podem acontecer apenas com o Atletismo. Nunca, sem ele".
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O esporte no Brasil


A história atlética do Brasil começa no século XIX. Na década de 1880, o Jornal do Commercio já anunciava resultados de competições atléticas no Rio de Janeiro. Nas três primeiras décadas do século XX, a prática atlética foi consolidada entre nós. Em 1914, a antiga CBD (Confederação Brasileira de Desportos) filiou-se à IAAF. Em 1924, o país participou pela primeira vez do torneio olímpico, ao mandar uma equipe aos Jogos de Paris.

No ano seguinte foi disputado, pela primeira vez, o Campeonato Brasileiro. Em 1931, brasileiros disputam pela primeira vez o Campeonato SulAmericano. Em 1932, Clovis Rapozo (salto em distância) e Lúcio de Castro (salto com vara) chegaram às finais nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Quatro anos depois, Sylvio de Magalhães Padilha foi o 5º nos 400 m com barreiras nos Jogos de Berlim.

Em 1952, nos Jogos de Helsinque, Adhemar Ferreira da Silva conquistou a medalha de ouro no salto triplo. Era a primeira das 13 medalhas que o Atletismo daria ao Brasil, até os Jogos de Atenas, em 2004. Adhemar foi o primeiro dos três triplistas brasileiros a estabelecer o recorde mundial na prova. Os outros foram Nelson Prudêncio e João Carlos de Oliveira.

A CBAt - Confederação Brasileira de Atletismo é responsável pelo esporte no País. No plano mundial, a direção é da IAAF - sigla em sigla em inglês da Associação Internacional das Federações de Atletismo. 

Fonte: Confederação Brasileira de Atletismo 
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terça-feira, 8 de setembro de 2015

ALTERAÇÕES QUE OCORREM NO ORGANISMO DURANTE ATIVIDADE FÍSICA

ALTERAÇÕES QUE OCORREM NO ORGANISMO DURANTE ATIVIDADE FÍSICA

SUGESTÃO DE TEXTO PARA OS ALUNOS

ENSINO MÉDIO


EIXO TEMÁTICO: GINÁSTICA OU ESPORTE
TÓPICOS: 12 – CAMINHADA

Observação: esse texto pode ser utilizado em outros tópicos que tratam de aspectos fisiológicos relacionados à atividade física

Caro(a) aluno(a)
O objetivo desse texto é fazer uma síntese da principais alterações que ocorrem no organismo durante a atividade física. Elas ocorrem antes, durante e depois da atividade física. Seus efeitos podem ser sentido a curto, a médio e a longo prazo. Você já deve ter ouvido sobre esse tema também na disciplina biologia. Procure relacionar com a sua própria vida e tirar proveito desse conhecimento. Boa leitura.

ALTERAÇÕES QUE OCORREM NO ORGANISMO DURANTE ATIVIDADE FÍSICA


VENTILAÇÃO PULMONAR: Ar que entra e sai dos pulmões.
Duas fases: uma que leva o ar para dentro dos pulmões (inspiração) e outra que elimina (expiração).
Durante o exercício a ventilação pulmonar pode ser 15 a 30 vezes maior do que em repouso.
VENTILAÇÃO POR MINUTO: Volume de ar que inspiramos ou expiramos por minuto.
Esta  ventilação aumenta durante o exercício e é diretamente proporcional aos aumentos nas quantidades de oxigênio consumido e de dióxido de carbono produzido pelos músculos ativos.
Pessoas treinadas tendem a possuir ventilação-por-minuto mais baixa, principalmente atletas de resistência.
Ventilação máxima devida ao exercício pode aumentar de 25 a 30 vezes em relação aos valores de repouso.
Destreinadas: as capacidades são mais baixas. Menor eficiência ventilatória
RAZÕES DESTAS VARIAÇÕES: estímulos químicos, principalmente dióxido de carbono presente no sangue e produzido durante o exercício.
Nem todo ar que inspiramos por minuto toma parte na troca gasosa com os capilares. Só uma parte “ar fresco” que alcança os alvéolos = ventilação alveolar. Esta garante uma boa oxigenação e remoção do dióxido de carbono. O volume de ar que permanece no nariz, boca, faringe, laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos, não participam da troca gasosa = espaço morto.
Durante o exercício há uma dilatação (pode duplicar) das passagens respiratórias – mas o volume corrente também aumenta.
Mais ou menos 80% do ar recente inspirado por minuto ventilam os alvéolos.
Durante o exercício, a capacidade difusora aumenta, por causa da abertura de mais alvéolos e capilares, ampliando-se assim a área superficial. Em geral os atletas possuem maiores capacidades difusoras em repouso e durante o exercício do que os não atletas.

EM FUMANTES: Os músculos respiratórios terão que trabalhar mais para consumir mais oxigênio para ventilarem determinada quantidade de ar.

CAUSAS DA DOR DE LADO – dor aguda no gradil costal ou 2o fôlego.
Possíveis razões: Carência de oxigênio nos músculos respiratórios (diafragma e nos músculos intercostais). Fluxo sangüíneo insuficiente.

ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS.
Aumenta o débito cardíaco que é a quantidade de sangue bombeado (volume de ejeção) pelo coração (ventrículo esquerdo), e por uma redistribuição do fluxo sangüíneo, que se afasta dos órgãos inativos – vasoconstrição -(órgãos viscerais e pele) e se dirige para os músculos esqueléticos ativos – Vasodilatação.
Aumenta a Freqüência: número de vezes que o coração bate por minuto.
Aumenta Temperatura local - Aumento nos níveis de CO2 e ácido lático.
Para levar mais oxigênio, implica aumento no volume de ejeção.
Coração esquerdo – bombeia sangue para os tecidos; coração direito bombeia sangue para os pulmões.

FC – máximas são semelhantes em indivíduos tanto treinados quanto destreinados. Enquanto o volume de ejeção pode duplicar no atleta.

O treinamento exerce um efeito pronunciado sobre a FC, até mesmo em repouso. Ex. Atletas treinados – FC repouso pode ser de apenas 40 p/min.
Destreinados:  FC em repouso pode ser de 90 p/min.

FREQÚÊNCIA CARDÍACA LENTA EM REPOUSO OU DURANTE O EXERCÍCIO É CARACTERÍSTICA DO INDIVÍDUO TREINADO.
FC lenta + Volume de ejeção relativamente grande= Sistema Circulatório eficiente, ou seja, o coração não precisa bater tão freqüentemente.

EQUILÍBRIO TÉRMICO CORPORAL é conseguido quando a perda de calor iguala a produção (ganho) de calor.
O corpo perde calor:
CONVECÇÃO: molécula aquece dilata. Dilatando diminui densidade – tendência é “subir”.
CONDUÇÃO: Através de contato – meio material.
RADIAÇÃO: Todo corpo emite radiação – Infra vermelho.
EVAPORAÇÃO DE SUOR: mudança de fase. Suor (líquido); tendência evaporar. Para evaporar retira calor da pele.
O corpo ganha calor:
Através do metabolismo
Meio ambiente: recebendo fluxo de calor.
Radiação: Sol, ou na quadra coberta. Teto radiando calor.
Convecção: roupa inadequada, impede perda de calor.
Condução: quadra quente – tem que ter meio material.

Reduzir esses efeitos:
Reposição adequada de água e eletrólitos.
Aclimatização ao calor (adaptação).
Conhecimento das limitações impostas pela combinação de exercícios, vestuário e temperatura (calor) ambiente.

FONTE:
FOX-BOWERS-FOSS. Bases Fisiológicas da Educação Física e dos Desportos. 4ed. Rio de Janeiro, Editora: Guanabara Koogan S.A, 1989.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

FUNÇOES DO JOGADOR DE HANDEBOL


POSIÇOES, FUNÇOES E CARACTERISTICAS DO JOGADOR DE HANDEBOL


No Handebol, existem 5 posições básicas: Goleiro, Armador (central), Meias (alas), Pontas e Pivôs.

            1- Goleiros: nº- 1 jogador por equipe função defensiva: impedir que os jogadores do time adversário faça o gol. São os únicos jogadores que podem tocar com o pé na bola, mas só dentro da área. Função ofensiva: raramente, o goleiro avança, mas se o faz, tem que definir rápido a jogada, arremessando ou tocando a bola características: normalmente, são os mais altos do time

            2- Armador: nº - 1 jogador por equipe função defensiva (4): na maior parte dos sistemas defensivos, o armador é o/um dos jogadores que ficam adiantados da primeira linha de marcação(que fica na linha da área) e tem como principal função defender o meio, às vezes interceptando passes, mas, na maior parte das vezes, parando o ataque adversário. A exceção fica por conta do sistema 6-0, no qual o armador e o pivô ficam no centro da única linha de defesa, e normalmente tem a função de marcar o pivô adversário e os meias que atacam pelo centro, além, claro, de interceptar os passes. Função ofensiva: o armador é o jogador que joga mais centralizado, é o responsável pela armação das jogadas, quase todas as bolas ofensivas passam por ele, que pode também ir para cima, engajar (trocar de posição) com os meias e fazer as jogadas ofensivas. Características: não precisam ser jogadores mais fortes ou altos, mas as vezes precisam ser rápidos para puxar os contra-ataques.

            3- Meias: nº- 2 por equipe, esquerda e direita função defensiva: Os meias tem funções defensivas distintas, dependendo do esquema defensivo que usar. Existem esquemas defensivos nos quais os meias jogam avançados, junto com os armadores, e tem mais ou menos a mesma função deles, de impedir os ataques. A diferença é que, se eles jogam assim, eles também terão o dever de proteger os ataques laterais, tentando deixar o menos trabalho possível para os pontas. Mas, na maioria dos esquemas defensivos, os dois meias jogam recuados, na primeira linha defensiva, e tem a função de bloquear arremessos e de, principalmente, parar os ataques adversários. Dependendo do posicionamento do pivô adversário, também terão que marcar o pivô, mas isso só se ele se fixar entre os jogadores 2 e 3. Também existe a possibilidade de jogar apenas um meia adiantado, fazendo a função do armador junto com este. Função ofensiva: os meias são os responsáveis pela maioria dos ataques. Eles partem para cima do adversário, buscando espaços ou a liberação de um ponta ou de um pivô. Podem arremessar de longe também, o que às vezes se torna um gol. Características: normalmente, são os jogadores mais habilidosos do time, os que conseguem fintar mais fácil

            4- Pontas - nº: 2 por equipe, esquerda e direita função defensiva: os pontas cumprem o papel, exclusivamente, de marcar os pontas adversários e de ajudar na marcação dos meias adversários. São os jogadores que mais de abrem, sempre na primeira linha defensiva. Nota: a ajuda dos pontas e de qualquer posição dever ser sempre exercidas com falta, pois de outra maneira, deixaram livre os marcadores que deveriam marcar originalmente. Função ofensiva: os pontas jogam quase no escanteio, e tem a função de atrair a marcação mas, principalmente, se projetar para receber a bola, ganhar espaço e arremessar o mais próximo o possível do meio. Os pontas também podem cair de pivô, ou seja, se tornarem um segundo pivô para o ataque. Características: os pontas direitas normalmente são canhotos e os esquerda, destros, para ganharem mais espaço na hora do arremesso. Quem escreve é um ponta direita destro, mas normalmente isso é melhor. Também devem ser rápidos, para se projetarem no contra ataque.

            5- Pivô - nº: 1 por equipe função defensiva: os pivôs tem como função defensiva principal a marcação do pivô adversário, a menos que este esteja no intervalo dos jogadores 2 e 3. Nessa situação, o pivô deve marcar o meia correspondente ao companheiro que teve que ir marcar o pivô. Além disso, tem que paras o central, se esse se desvincular da marcação do armador. Função ofensiva: o pivô se posiciona entre a defesa adversária, e tenta sempre se desvincular desta e buscar um espaço para receber a bola, girar e arremessar. É, junto com os meias, a maior fonte de gols de um time. Características: alto e forte são características que um pivô não pode deixar de ter.

sábado, 29 de março de 2014

                                               

                                      

                                     Se não gosta

            bom sujeito não é!!!

terça-feira, 25 de março de 2014

LAZER

O Lazer

Um dos conceitos de lazer pode ser o de se praticar alguma atividade prazerosa durante um determinado tempo do dia. Essas atividades podem ser desde ler um livro, ver TV, ouvir uma música, até dançar, fazer um cooper, jogar boliche, tênis... importante é que se pratique uma atividade de lazer ao, dia. Por quê?  Em uma sociedade onde a globalização chegou muito rápido e junto com ela a tecnologia, a tendência de nós, seres humanos, é cada vez mais vivermos isolados e sozinhos, em frente ao mais famoso e discutido invento do homem: o microcomputador. Nem que seja durante uma hora, ou talvez, até minutos do dia, é necessário termos um momento em que possamos sentir prazer e/ou diversão por alguma coisa.


Lazer e turismo na história

LazerO lazer e o turismo são fenômenos que vêm ganhando um peso cada vez maior no quotidiano da vida moderna. De elementos da vida aristocrática, reservados aos integrantes do topo da pirâmide sócio-econômica das sociedades pré-modernas, o lazer e o turismo tornaram-se acessíveis a um público cada vez mais extenso, graças aos processos de democratização ocidental (como a Revolução Francesa e a Revolução Americana) e ao progresso tecnológico e organizacional, que aumentou a produtividade, reduziu custos e as jornadas de trabalho e elevou o nível de recursos disponíveis para consumo discricionário (inclusive de tempo) em mãos de camadas cada vez mais amplas da sociedade.
No século XX, o lazer e o turismo tornaram-se atividades de massas, trazendo à tona, assim, muitas oportunidades de novos negócios; e passaram a ser objeto de investimentos e administração profissionais. Após a Segunda Guerra, atingiram um patamar de crescimento que fez com que, do ponto de vistaeconômico, passassem a ser considerados como "indústrias". Atualmente a indústria e os serviços ligados ao lazer e ao turismo estão entre os campeões de crescimento, alinhando-se seguramente entre os mais promissores para o futuro.


Definição de lazer

A definição mais conhecida de lazer é do sociólogo francês Dumazedier. Este autor define lazer da seguinte maneira: “o lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais”.
Mas atualmente, especialistas como Prof. Valmir José Oleias falam que:
  1. o lazer tem sido, historicamente, uma atividade necessária ao desenvolvimento bio-psíquico-social do homem; 
  2. o lazer está relacionado à disponibilidade do tempo livre; 
  3. o lazer diz respeito mais diretamente às classes privilegiadas pela sua situação sócio-econômica; 
  4. por fim, a prática do lazer é influenciada, sobretudo pelo Estado, na medida em que este pode implementar políticas públicas para o setor, além de oferecer espaços físicos necessários e adequados para a sua execução.


Tipos de lazer

Lazer doméstico: atividades prazerosas que podem ser realizadas dentro do próprio lar e que proporcionam interação e diversão da família. Ex: olhar TV, jogos de tabuleiro, navegar na internet.
Lazer turístico: abrange viagens e passeios com o propósito de relaxar e conhecer novos ares, está intimamente relacionado a férias.  Ex: excursões pelo país, reconhecimento de interiores do estado, cruzeiros.
Lazer trabalhista: é a atividade realizada em determinado tempo vago que é dado ao trabalhador, geralmente as grandes empresas dão aos servidores 15 min para lancharem e realizaram estas atividades. Ex: ver tv, conversar com os outros funcionários tranquilamente, fazer ioga ou academia.
Lazer escolar: pode ser visto no recreio dos alunos ou na aula de Ed. Física, além disso, em aulas práticas de todas as matérias. Ex: exposição de pintura na aula de Artes, interclasse, show de talentos, festivais esportivos.


Conclusão

O lazer é uma atividade de extrema importância para o ser humano, uma vez que ele se envolve com muitas atividades obrigatórias e cansativas (trabalho, estudo) e merece um momento de descanso, tranqüilidade e diversão.
Este momento é acompanhado de diversas atividades as quais chamamos LAZER. O lazer é uma atividade prazerosa que deve fazer parte do seu cotidiano, mas não dominá-lo, ou seja, o lazer é bem-vindo mas não pode ser o centro de sua vida.
Como exemplo de lazer podemos dar desde olhar tv até fazer um cruzeiro. O lazer varia de acordo com a classe social, pois cada um realiza o que lhe proporciona felicidade e está ao seu alcance.

BIBLIOGRAFIA
http://www.leisurerecreation.com.br/lazer.htm
http://www.fgvsp.br/academico/estudos/celt/historia.htm
http://www.cds.ufsc.br/~valmir/cl.html
Por: Ingrid Costa Melo de Souza em 07/02/2006

segunda-feira, 24 de março de 2014

Futsal


O futebol de salão ou futsal começou a ser praticado em 1930 por jovens freqüentadores da Associação Cristã de Moços (ACM) de São Paulo e em Montevidéu, no Uruguai. Devido à dificuldade para encontrar campos de futebol, improvisaram "peladas" nas quadras de basquete e hóquei aproveitando as traves usadas na prática desse último esporte.

HISTÓRIA DO FUTSAL 

O Uruguai, nos anos 30, era a grande referência no futebol, sua seleção foi bicampeã olímpica e sede da primeira Copa do Mundo de Futebol, promovida pela FIFA, sendo também a primeira seleção campeã. O futebol estava em alta nos dois países e o intercâmbio dentro da ACMs era constante.
Para os uruguaios, o criador do futsal foi o professor Juan Carlos Ceriani Gravier, da ACM de Montevidéo. Nesta associação, um grupo de jovens alunos, empolgados com o sucesso do futebol uruguaio, praticavam-no como recreação em quadras de basquete.

Assim, o professor Ceriani preparou algumas regras do futsal em 1933, tomando como base quatro esportes: basquete, handebol, futebol e pólo-aquático. Do basquete, além da quadra, adaptou a falta pessoal, a troca de jogadores e o tempo total de jogo; do handebol, o fato de não poder marcar gols de qualquer distância; do futebol, sua condição e do pólo-aquático, quase todas as regras sobre o goleiro.
 Foto antiga de um jogo de futsal 1930 - futebol jogado em quadra de basquete em Montevidéu, no Uruguai. 
Entretanto, os brasileiros, argumentam que o jogo praticado no Uruguai não estava ainda organizado e poderia ser praticado por cinco, seis e até sete jogadores. Nas décadas de 30 e 40, este "protótipo" do que viria a ser o futebol de salão era intensamente praticado nas ACMs dos dois países.
Com isso concluísse que de fato, a pratica de um tipo de futebol dentro de quadras começou na Associação Cristã de Moços, seja ela no Brasil ou no Uruguai.
O futsal difundiu-se rapidamente por outros estados e na década de 50 começaram a ser fundadas as federações estaduais de futebol de salão. Até 1958, São Paulo e Rio de Janeiro disputavam a primazia do jogo, havendo divergências entre as regras locais. Tudo se resolveu com a oficialização da prática pela Confederação Brasileira de Desportos nesse ano, que padronizou as regras e aceitou as federações estaduais como filiadas.
Alcançando grande notoriedade, o futsal foi introduzido em Clubes Sociais com E.C. Sírio (pela pessoa de Habib Mahfuz), Sociedade Esportiva Palmeiras (por Vinícius Fanucchi), São Paulo Futebol Clube (Raul Leite), A. A. São Paulo (Orlavro Donice), Clube Atlético Ipiranga (Nílton Freire), Banco do Brasil (Ciro Fontão de Sousa), S.C. Corinthians (Pedro Ortiz Filho), Associação Portuguesa de Desportos (Osvaldo Navega de Almeida e Artur Sarges Guerra).
Apenas em 1952, o professor Habib Mahfuz criou a primeira Liga de Futebol de Salão dentro da Associação Cristã de Moços, em São Paulo e implantou a idéia de criar a Federação Paulista de Futebol de Salão, o que aconteceu em 14 de junho de 1955. Um ano antes, havia sido fundada a Federação Metropolitana de Futebol de Salão, atual Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro, mais antiga do Brasil.
A criação de torneios projetou o esporte para a imprensa através de grandes nomes da comunicação na época, como Raul Tabajara e José Antônio Inglêz (Gazeta Esportiva).
Em 1956, Luiz Gonzaga de Oliveira, da Federação Paulista de Futebol de Salão criou o primeiro Livro de Regras, posteriormente adotadas pela FIFUFA (Federação Internacional de Futebol de Salão).
Outro fato que dá ao Brasil a paternidade do futebol de salão é o fato da Federação Uruguaia de Futebol de Salão ser fundada em 1965, onze anos depois da brasileira.
Para se ter uma idéia da importância que este tema tem, tanto para o Brasil, como para o Uruguai, basta dizer que em 1967, com a finalidade de esclarecer o mesmo, Luiz Gonzaga, com o apoio de João Havelange ( então presidente da Confederação Brasileira de Deporto) organizaram no Rio de Janeiro o I Congresso das Federações de Futebol de Salão. Assistiram ao congresso catedráticos de educação física ligados às ACMs (do Brasil e do Uruguai). Tudo indica que a primeira das conclusões a que chegaram foi que o futebol de salão é um esporte genuinamente brasileiro. 

COMO SE JOGA

Futsal, ou futebol de salão, é uma adaptação do futebol de campo para quadra. Joga-se em espaços chamados "quadras polivalentes", demarcados também para outros esportes, como vôlei e basquete. Participam duas equipes de cinco jogadores cada, com bola menor, mais pesada e menos flexível que a do futebol tradicional.
O futsal é disputado em quadras de 24 a 42m de comprimento por 14 a 22m de largura. A bola pesa entre 410 e 500g e tem de 53 a 62cm de circunferência. As metas medem três metros de largura por dois de altura, à frente das quais demarcam-se áreas cujas linhas são eqüidistantes quatro metros da linha de gol. O objetivo do jogo é marcar tentos, como no futebol association, mas algumas regras são exclusivas do futsal. O arremesso lateral e o arremesso de canto são cobrados com os pés; após a quinta falta coletiva, a equipe infratora é punida com a cobrança de um tiro livre direto, sem barreira, do local onde foi cometida a falta; o atleta que cometer cinco faltas será desclassificado e o goleiro deve sempre repor a bola em jogo, com a mão ou com os pés, quatro segundos após defendê-la e de modo que não atravesse a linha central sem que primeiro toque o piso, ou um jogador. A partida tem a duração de quarenta minutos (dois tempos de vinte) para adultos e de trinta minutos (dois tempos de 15) para juvenis.

REGRAS BÁSICAS DO JOGO  DE FUTSAL

1- O atleta quando expulso da partida não deverá ficar no banco de reservas e nem retornar a mesma. O seu time ficará 2 minutos com 4 jogadores ou até que sofra um gol; então assim será permitido entrar um outro jogador para recompor a sua equipe.
2- A bola estará fora de jogo quando sair completamente quer pelo solo ou pelo alto das linhas laterais ou de fundo.
3- Quando o atleta da mesma equipe ao cobrar uma falta atrasa a bola para o goleiro e ela entra diretamente no gol, o tento não será válido e deverá ser marcado um arremesso de canto a favor da equipe adversária.
4- Na hora do pênalti o goleiro deverá ficar sobre a linha do gol, podendo movimentar-se exclusivamente sobre ela.
5- No lateral ou no escanteio se um atleta do futsal arremessar a bola contra a sua própria meta e a bola penetrar na mesma, tocando ou não no goleiro, o tento não será válido.
6- No lateral se um atleta arremessar a bola contra a meta adversária e a bola penetrar na mesma, tocando ou não no goleiro, o tento não será válido.
7- No escanteio se um atleta arremessar a bola contra a meta adversária e a bola penetrar na mesma, tocando ou não no goleiro o tento será válido.
8- No arremesso lateral é suficiente que a bola esteja apoiada no solo colocada sobre ou junto a linha demarcatória da lateral, do lado de fora da quadra de jogo, podendo mover-se levemente.
9- Se o goleiro do futsal demora mais que 4 segundos para executar o arremesso de meta , um tiro livre indireto (dois lances), será concedido em favor da equipe adversária, colocando-se a bola sobre a linha da área de meta e no ponto mais próximo onde ocorreu a infração.